quinta-feira, 30 de setembro de 2010

13


O quarto me mostra o passado, tão perto e tão longe do hoje.
È impossível retroceder, virar a esquina e ter de volta os anos que passaram.
È tão estranho fechar os olhos e ver imagens alternando... Cinco, seis doze anos.

Cheiro de dama da noite no portão, cheiro de manhã em dia fresco. E uma vontade de ficar em casa assistindo desenho.
Ah! Como queria virar a esquina e poder voltar no tempo. Quatro, talvez dez minutos. Até me perder nas lacunas do tempo.

Saudade é a única coisa que resta na gente. Saudade não se limita, se tem! Vem quando quer e desaparece quando dorme.
Os objetos são os únicos que não conhecem o valor do tempo. Vão indo perdendo a cor sem consciência da fuligem. O tempo é uma aritmética humana tão inalterada que pouco some, e muito reaparece.

Ciclos... Fim. Começo. E logo fim de novo.

O Ciclo do quarto é onde outrora havia um baú de brinquedos. Logo substituído por camadas grossas de maturidade, onde desenhada em teses cientificas de alguma coisa que um dia também vai se alterar.
Minha esperança vem nisso... Nessa resposta que tudo é mutável!
Tudo, menos a saudade... A saudade fica,

Finca. . .

Resta!

6 comentários:

fiit disse...

everything is dust in the wind

Luiza Callafange disse...

Finca, resta. E permanece até o fim, antes que tudo comece de novo e termine novamente. Eternamente.
(: Saudades dos textos! Hehe

Joice Vicentim disse...

Muitas vezes me pego em devaneios assim... E muitas vezes acho que estou ficando velha demais pela quantidade de ciclos e fases que já passei... O mais interessante de tudo é que ainda tenho 18 anos! rs

Parabéns pelo texto! Está muito bom mesmo. Só tive um arrepio ao ver aquela imagem...

Wall disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Wall disse...

Nossa, fiquei arrepiado lendo. Muito bom mesmo o texto.

A saudade faz parte da nossa vida, sem ela não teria aqueles momentos de nostalgia hehe

"A saudade não quer dizer que estamos longe e sim que um dia estivemos juntos."

Lu Recieri disse...

Obrigada pelas impressões deste mundo que não estava entendendo: ódio seguido de ternura.