sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Dias como esse


Eu digo nesses dias, as sombras passam e deixam resíduos. Eu digo nesses dias que nenhum cálice puro de romantismo é necessário para curar um coração que finda rosas de esperanças murchas.

Quantos ônibus irei ter que perder para que ache o caminho certo...
Quantas lágrimas terei que derramar para que a dor seque...
Direi que por menos que seja, todas essas bagagens não irei levar nenhuma adiante.

O que me desejaria ao desejo disso acabar.

Quantas fotografias ainda desintegrarei em desgosto para que não sinta tanto acido dentro de cada olhar.
Sem sustentação, sem ordem para que essas frases tomem forma... Tudo me sumiu.
Digo a mim mesmo nesses dias, estes que vem como música pacata.

Que estão bem longe da minha janela. Dias como esse me cegam completamente de crenças.
Parece algo que desenvolve abaixo do rochedo, o jogo proibido entre os valetes com as damas de copas.

Dias como esse me assombram a reminiscência...

Abalo desses que apagam as luzes. Somente em dias como esse.

Um comentário:

LeLe disse...

Que assim seja assim será!!!

;0