quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sobre raios e trovões, histórias e destino!


Noite estranha, dia meio que pela metade. O sol bateu na janela o celular tocou algumas vezes. Pessoas vieram me chamar e a televisão foi desligada pela tempestade. Fiquei na cama pelo sono da madrugada. Cada minuto depois das doze é uma linha recém completada, inspiração vem e inspiração vai! O texto compõe-se de várias poesias, mas nada que me de a esperança de um livro lançado. Eu encho a caneca de café.... Argh! Está frio, muito tempo parado na garrafa térmica. Dias em que o café permanece frio são piores do que dias em que você levanta tarde e descobre que a chuva caiu. A chuva cai, e sempre molha as roupas que minha mãe coloca no varal. Sempre tenho que desligar os aparelhos elétricos por causa disso... Por causa desses relâmpagos inconseqüentes, que sempre me fazem sair da internet. Perder o último capitulo da serie na TV. Perder a última conversa decisiva no MSN. Relâmpagos grosseiros que caem e nem pedem licença! Que difícil é essa convivência natural entre raios, relâmpagos e trovões. Eles caem do céu eu acho... Riscam todas as nuvens, desviando os destinos. Fazendo com que o coração pule de susto. São espíritos irado da grande mãe. O indicio breve de que

“Puta que pariu, vai cair mo pé d água no barato”.

Sempre penso nas pessoas que levam um raio na cabeça. Li certa vez que isso é devido os atos encrenqueiros e maliciosos que elas tendem a fazer em vida. Uma lenda africana diz que xangô o senhor dos raios (e meu guardião pelo que uma vez me disseram) julga os ladrões com uma “raiada”na cabeça. Na Grécia Zeus também fazia o mesmo julgamento. Engraçado como povos tão diferentes tinham divindades tão parecidas. Os povos são tão iguais e mesmo assim ainda existem guerras no mundo, pura falta de conhecimento! Pura falta de compreensão humana!! Saber que somos frutos da mesma matéria já seria um ponto grandissíssimo na escala evolutiva. Quantos raios ainda terão que atingir as nossas cabeças, para que fuzis sejam apenas peças de decoração de obras artísticas?

Espero que bem poucos. E bem longe da minha cabeça. Sempre a achei muito grande, e uma cabeça grande é sempre muito mais fácil de ser acertada por um Raio. Já ouvi histórias de pessoas que sobreviveram a uma “raiada” no corpo, (porque na cabeça acho meio difícil). Não sei se é pela experiência de quase morte, ou por quase 1 a 40 C de carga elétrica passando calorosamente (e bota mais calor nisso) pelo corpo. Que elas despertam com uma nova identidade de vida. Lembro de ter lido sobre um cara que era tão grosso quanto mal humorado, fazendo com que todas as suas relações de vida acabassem. E depois de um raio ter caído em sua casa (ou no terreno de sua casa, não me lembro muito bem) enquanto ele atendia ao telefone, a descarga elétrica parou seu coração, mas ele sobreviveu sendo atendido por paramédicos (e toda aquela mesma história americana que passa na sessão tarde). Quando ele voltou a si, estava com um temperamento calmo, mas o raio havia mudado sua vida. Assim como tinha quase lhe dado a morte.

O destino é difícil de se entender... Às vezes tira tudo o que você tem, para mostrar o pouquinho que ainda te resta. Se temos sorte sobrevivemos e enxergamos esse pouquinho como algo imenso! Mas se tivermos azar apenas contemplamos de longe com lágrimas no olhos querendo uma chance de fazer de novo. Eu só sei de uma coisa, adoro escrever enquanto o mundo cai em chuva!!! Uma tempestade de primavera sempre acalma o meu espírito e então fecho o caderno e me sento perto do sofá. Leio enquanto sei que a vida corre lá fora gerando energia, colidindo-se em pequenos tufões. Depois volto a ter a mesma noite estranha que falei no principio. Só que essa ainda cheia de raios luminosos em céu noturno.

Um comentário:

Luiza Callafange disse...

Eu tenho medo dessa chuva turbulenta e ensurdecedora...É como um grito bem bravo dos céus, como se houvesse alguma coisa errada...
Agora eu sempre morri de medo de ser atingida por um raio. Não porque a minha cabeça é grande, mas porque de acordo com a Física, qualquer coisa que funciona como uma ponta atrai raios, por concentrar mais cargas opostas...Aí eu evito ficar ereta...Só não me deitei no chão porque todas as vezes consegui algum refúgio.
Mas sabe? Acho que pessoas como nós não merece raios na cabeça...Não precisamos.