domingo, 16 de novembro de 2008

Enquanto o rosto chove (Entre lamúrias e versos)


Por que lágrimas dissecam no meu rosto?
Sempre que sinto medo ou sou atingido por um raio, cercam-me dessa chuva individual.

Lágrimas que vertem como soro, fervilham-me a face à procura de proteção.

Explicação?

Um cisco acirrado, escolhas erradas... Dedos esmigalhados no asfalto, sentido antro de fracasso consigo mesmo. Decepcionante lado de estar decepcionado.

Lágrimas vertem no meu rosto será, paixão? Lágrimas passam por minha garganta e enganam meu sermão...

“Minha heroína acabou meu cigarro apagou... Meu vicio se absteve. “

Lágrimas que borram meu desespero.

“Nó no pescoço, mergulho do banco...”

Lagrimas que marcam o meu corpo...

Será isso um choro? Sim! Pode ser um pranto daqueles de porta de hospital, óbito na ficha. Velório em dia santo, resposta inesperada depois da amputação.
Sim! É um choro de criança desmamada, de velho viúvo....

De rapaz amargurado depois de ver a nota baixa no gabarito.

Choro de vida interrompida, de vida sem saída. Choro de vida sem sentido.

Lágrimas velejam pelo meu rosto, oceano fundo... Profundo demais para mim.

Um comentário:

Lua disse...

"Profundo demais para mim."
(e para todos)

Lindo Post, parabéns!