
Enquanto eu olhava dentro dos olhos daquelas pessoas. Expostas na garoa destilavam álcool pelo olhar. Consagravam minha amargura com sorrisos e música estrondosa. Música que virou trilha sonora de tantas marcas que residiam tatuadas em mim. Sem forma ou imagem, me acompanhavam como estampa incolor. Fantasmas que não aparentavam assombração, seguiam meus passos atravessando poças. Eu poderia morrer ali... Seria meu ponto de fuga para as desavenças de tempestade que cravei em vida. Seria o ponto das memórias simples de garoas passageiras: chuvisco de imortalidade... Enquanto chovesse eu poderia morrer, e partiria em paz.
Deixando minha recordação naquelas gotas pesadas.
Viveria no gole da seca, no cheiro de chuva quando toca o capim, chuva de asfalto... Nos cortes do céu: relâmpagos. Trovões que em cojunto com as águas fariam parte de mim.
Seria eu só enquanto restasse aquele temporal.... Até a calmaria das gotas...
Até que restasse chuva no céu... Até a chuva cair, somente enquanto a chuva cair.
Seria eu só enquanto restasse aquele temporal.... Até a calmaria das gotas...
Até que restasse chuva no céu... Até a chuva cair, somente enquanto a chuva cair.
Um comentário:
É incrível a sensação que nos proporciona essas misteriosas gotas aromáticas que caem no asfalto... Muito bonito o texto.
Texto para refletir.
Abraço!
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