quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Bel-prazer



Tem dias que eu queria ter alguém a quem pudesse voltar depois de uma semana desgastante de trabalho forçado... Dias em que eu queria receber um sorriso que pudesse iluminar uma noite.

Sim! Eu queria poder dizer eu te amo deitar em céus azulados e bem aventurar em meio de cabelos longos, olhar mediante de quem espera por você. Quisera eu que alguém pudesse me esperar e me acalantasse no seio. Dançando valsa por toda imensidão clara. Desses bem claros, mãos atadas, lábios correspondidos.... Musa para sonhar. Alguém que pudesse fazer de lua. Que aceitasse o titulo de amada. Quem eu colocaria no pedestal de meu sentimento mais profundo na benção de qualquer fada.

Assim não teria que cantarolar músicas tristes olhando o vidro sujo de um ônibus de última passagem. Não enxergaria casais fatigados por romances, escravizados pelo tempo sendo apenas fruto de bagagem que se deve levar.

Quisera eu poder estocar-me outra vez de amor vivo, latente, transcendente de toda matéria rosa flor.


Quisera eu não ouvir a vulgarização da palavra amor, uso indefinidos de tantos bom dias confundidos com eu te amo, meu amor! Eu queria não ver alianças cor de prata sem significado algum, fincado nos dedos alheios empobrecidos de valor sentimental.

Quisera eu ainda poder acreditar num sentido tão sonhador.

Um comentário:

Luiza Callafange disse...

A sociedade de hoje é tão estranha né?
Nós nascemos em uma época mais que errada, onde o amor virou clichê e apaixonar-se tornou-se vulgarizado ao sexo.
Creio eu que se mantivermos esse desejo gostoso, essa rosa vermelha de amor diante de tantas rosas negras, possamos encontrar outrem com a nossa fragância e beleza mais simples e profunda, para enfim podermos fazer tudo isso que tanto desejamos nesse mundo.